segunda-feira, 26 de março de 2012

Castelo de Vide

Vista da Senhora da Penha sobre Castelo de Vide








Castelo de Vide, sede de concelho, e pacata vila que se estende a cerca de 625 metros de altitude numa das colinas da Serra de São Mamede.  
O concelho encontra-se limitado a norte e oeste pelo concelho de Nisa, a sul pelos do Crato e Portalegre, a este pelo de Marvão e a nordeste por Espanha. Parte dele está inserida na área do Parque Natural da Serra de São Mamede, e como tal, oferece um grande interesse geomorfológico, paisagístico, faunístico e florístico, valores arquitetónicos e paisagens humanizadas.
É lindíssima a vista da Capela de Nossa Senhora da Penha, onde nos encontramos somente no meio de verde, observando lá em baixo o casario branco florido da vila que sobe e desce a colina.
Castelo de Vide é conhecida como a "Sintra do Alentejo" pelo seu encanto, vegetação rica e beleza natural. Vale a pena um passeio pelo Castelo, aproveitando para conhecer a “Judiaria”, um dos exemplos mais importantes e bem preservados da presença judaica em Portugal, remontando ao século XIII.
A gastronomia alentejana e a simpatia dos habitantes não desapontam!


Fontes: 
Infopédia
Guia da Cidade

sábado, 10 de março de 2012

O Caminho de Santiago II
















Porto-Santiago-Muxìa-Finisterra
Santiago, terra de gentes misturadas. Confusão de línguas e culturas. Consumista e turística.
Encontra-se gente que passeia, ri e come tapas. Quem tire fotos e quem passeie os seus cães.
Gente de mochilas sobem e descem as ruas. Em alguns recantos vêem-se peregrinos a observar, outros a tirar notas.
Lojas de souvenires, restaurantes caros, artistas de rua.
Santiago não pára, e o corropio confunde quem percorreu um caminho de sossego...

Depois de duas noites a repousar, prossegue-se. O caminho até Finisterra é diferente do Caminho Português antes feito. Há uma maior mistura de culturas, nacionalidades e diferentes caras. Há gentes a vir de Finisterra para Santiago e outros a fazer o inverso.
Sinto-o mais como um caminho até ao fim, ao encontro com o mar e com a Natureza.

Este caminho deixa-nos grandes lições de humildade e tolerância para com os outros e para com nós próprios.
Às vezes vamos com expectativas tão elevadas e depois podemos não as conseguir realizar como pensávamos. No entanto, se dermos o nosso melhor, não nos desapontamos, mas sim conhecemo-nos.
No caminho, como na vida, há escolhas, encontros e desencontros. Partes menos boas e partes óptimas. Sorrisos, alegrias, dor e tristezas. Há partilha e há muita aprendizagem. E há ainda o contacto com a natureza. Os momentos de silêncio em que damos por nós a sorrir de felicidade. A energia e a força. E há pessoas. Melhores e piores. 
É uma grande e fantástica lição.

domingo, 4 de março de 2012

O Caminho de Santiago I












Porto-Santiago-Muxía-Finisterra.
Força, persistência, dedicação e humildade. É o que considero necessário trazer para o Caminho. A partir daí, se o fizermos, é algo que fica em nós. Que nos molda e nos faz tolerantes. Ajuda-nos a conhecermo-nos e a conhecer os nossos limites.
Descobrem-se paisagens e povoações perdidas, descobrem-se sorrisos nossos de pequenas felicidades, e descobrem-se pessoas e histórias de vida que não se esquecem.
O ânimo para continuar, quando os pés já nos pedem para parar, é encontrado com a passagem de outros peregrinos cujas caras já são conhecidas. O ânimo vem também dos "Olá!" e "Bom camino!" que escutamos ao passar por alguém que se cruza no nosso caminho.
O caminho é feito ao nosso ritmo. Ora passa um peregrino, ora passamos nós por ele quando se encontra no seu descanso.
É esta calma e liberdade que me fascinam e me trazem saudades.